Tema da Semana

terça-feira, 30 de março de 2010

h3h3h3h3

o post exceção é este, eu fazer propaganda.

http://jantarmeianoite.blogspot.com

(começo ainda, vou ver se consigo postar todo fds)

bjsmeliga

quarta-feira, 24 de março de 2010

Exceção

Ok, vamos começar...



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... ...

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Com exceção do Dok, ninguém conseguiu pensar em algo decente pra esse tema 8D

Obrigado, obrigado.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Soneto torto

A exceção é a regra dos desajustados
como o silêncio profundo
é a esperança dos moribundos
e a luta é paz para os rebeldes e revoltados

O toque é a visão dos cegos
cujos olhos trazem aleijados
e os artistas fazem dos amores errados
seus tijolos, vigas e pregos

O mundo é um mosaico de peças tortas
alcatéia de lobos solitários
Não há ninguém que em nada seja estranho

As regras de ontem, hoje estão mortas
e jazem empoeiradas dentro de armários
Somos ovelhas negras dentro de um mesmo rebanho



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Conversinha mole:

Olá, caros leitores (huahuahuahuhauhua, me senti muito fodão agora), desculpem pela minha falta no tema da semana passada. Pelo menos era a repetição de algo que já tinha sido, então não fiquei tão excluído. É incrível como ter um tema e se forçar a escrever sobre ele é estimulante pra criatividade. Tentei escrever uma letra de música sobre qualquer coisa esses dias, já que eu tinha feito umas músicas novas, daí num saiu nada. Mas quando você tem essa estrutura que a gente tem aqui, sua mente entra no estado de emergência, conhecido como caos, e tudo flui maravilhosamente - ou não, mas flui.
Gostei do meu primeiro poema, espero que gostem!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

VUOOOOOOOOSH

Ah muleque! Vou postar antes que passe da meia-noite, comece uma nova semana e eu perca a chance de mais um post livre. Olha que malandro que eu sou :D
Como é que meus brothers de blog foram de carnaval? Eu fui bem, obrigado.

Anyway, esse post não vai ser sobre carnaval. Vai ser sobre uma coisa que eu aprendi dia desses e, depois de muito cogitar sobre os perigos e consequências, resolvi dividir.

Aprendi a voar. Uhum, isso aí mesmo. Aprendi a voar, sem mais nem menos.
Depois do feriado, com a cabeça ainda cheia de vodka, desmaiei em minha cama e tive o sonho mais realista dos últimos tempos.
Nesse sonho, eu estava tentando aprender sozinho a voar. E, ora veja só, consegui! No mesmo sonho eu tentei ensinar um monte de gente a fazer isso, mas ninguém conseguia. O procedimento é muito complexo, mas vou tentar explicar detalhadamente. Vamo lá, presta atenção!



Primeiro, você precisa sair do chão. Não é pular, é sair do chão. Porque quando você pula, seu subconsciente já planeja, desde o início, voltar ao chão. O verbo pular já implica em subir e descer. Mas agora, não. Agora a gente só quer subir. Então esqueça do conceito de pular e, simplesmente, saia do chão. TENSO, EIN? Mas tá só começando!

Uma vez que você deixa o solo sem a intenção de voltar, está só na metade do caminho. Nesse momento você deve esquecer da existência da gravidade. Ora bolas, a gravidade é realmente um inconveniente para nós, pessoas que querem voar. Caso você dê tréla pra ela, cairá. É verdade que até que dá pra flutuar por uma fração de segundo antes de cair, mas você cai invariavelmente.
Essa é a parte mais difícil, rapaz. Esquecer de uma coisa enraizada na sua mente desde quando você era um bebê. Mesmo sem saber o que era gravidade, o conceito dela sempre esteve conosco. Crianças percebem logo cedo que tudo tende a cair, principalmente elas mesmas.
Essa parte é muito mais fácil sob efeito de álcool e, principalmente, no mundo dos sonhos. Acredite, eu sei.

Beleza, agora você está voando. Parabéns, campeão! Quanto mais você se deixa levar pelo "esquecimento da gravidade", mais alto você vai. Uau, que vista legal. Uau, que sensação esquisita. Uau, que alto!
Pois é, aí que tá o problema. Uma vez deixando o chão e ignorando gravidade, nós tendemos a subir e subir e subir por inércia. "Por favor, Gam, nos diga como parar de subir!". Acalme-se, gafanhoto! Para tudo há um jeito.
Pra descer e, consequentemente, parar de subir, você deve deixar de esquecer da gravidade. E, naturalmente, por 'deixar de esquecer' eu me refiro ao verbo lembrar. Mas perceba que essa parte da brincadeira é muito perigosa. Se você lembrar da nossa amiga gravidade assim de repente, ela vai lembrar de você também. Aí baubau, virou geléia. O negócio é lembrar aos poucos para descer aos poucos.
"Ó, o que era mesmo aquela coisa que a gente usava pra fazer a água ir pra baixo? Qual era mesmo o nome disso? Cair, ah cair. Que conceito estranho. Uhm, então quer dizer que existe alguma coisa que faz outras coisas irem pra baixo... Minha nossa, que útil." e por aí vai.
É claro que não se trata apenas de uma corrente de pensamentos forçada. Você deve realmente esquecer da gravidade e realmente lembrar dela depois, aos poucos.

Como diabos você vai fazer isso, não pergunte pra mim. Vai ver é por isso que a gente não vê ninguém voando por aí. Mas que funciona, funciona. Eu já consegui!







Em contrapartida, ele gosta muito de voar. Voa, Livre! Voa!

A Saga do Menino do Tênis Marrom e Branco

O tempo passou, muitas coisas aconteceram nesse meio período, tanto coisas boas como principalmente coisas ruins. Apesar do verão ter chegado, as chuvas continuavam durante todos os dias, deprimindo meu olhar e coração. Eu nunca mais o havia encontrado. O garoto do tênis marrom e branco havia desaparecido, mas será que ele havia desaparecido também do meu coração?

Como era possível eu achar que de fato estava apaixonada por um amor platônico ridículo? Era tão ridículo a ponto de ser patético, comovente. Isso me enfurecia e me magoava profundamente.

Mas se querem saber, eu cheguei a conhecê-lo. Sim, conversamos um dia, depois de muito tempo eu tomei coragem e arranjei uma desculpa para conversar com ele, mas essa parte não vem ao caso.

Trocamos palavras, olhares, e até gestos. Coisas que foram me marcando por dentro e por fora. Meu coração batia a mil por hora, meus olhos brilhavam, minha respiração ficava ofegante. Costumávamos nos encontrar toda manhã na praça de alimentação antes do início das aulas, a fim de que ficássemos conversando e descobrindo coisas novas e em comum a cada minuto e palavra dita.

Finalmente chegou o grande dia. Uma música, um beijo, uma carícia, um sentimento. Enquanto envolvida em seus braços, eu percebia algo diferente no brilho de seus olhos, um olhar que envolvia (ou parecia envolver) um forte sentimento. Seria desejo? Seria paixão? Ou amor? Ou não seria nada? Não sei e provavelmente jamais saberei.

O que sei é que o tempo passou, e estávamos cada vez mais envolvidos, mais juntos, menos na frente das pessoas. Apesar da vontade de um querer estar com o outro, de querer sentir o calor e beijo do outro, isso jamais aconteceria em público.

Mas tudo um dia tem um fim, e o fim desse “amor” havia chegado. Pode até parecer triste, como realmente foi no começo, mas depois você se acostuma. Ao acabar, vi que de fato nada era o que parecia ser. Não havia sentimento de sua parte, somente da minha. O olhar que eu pensava ser envolvido, era na verdade cheio de maldade, sem sentimentos bons. Seu beijo servia apenas para me envenenar e me corroer por dentro. Não gostava mais de lembrar dos toques e carinhos que suas mãos me faziam, preferia ter sido enforcada por elas a ter sofrido por um certo tempo. Na verdade, eu preferia jamais tê-lo visto, e feito minha mente criar o clichê de amor platônico.

Acontece. Nem tudo é pra sempre, e eu sempre soube que o fim dessa história seria triste, mas mesmo assim me deixei iludir e acabei magoando a mim mesma. Nunca mais nos falamos.

O tempo passou novamente, férias vieram e acabaram. As aulas começaram. Levantei cedo, me aprontei e fui para a aula. Fiz o mesmo trajeto de sempre, passei pelo mesmo corredor de sempre sem sequer pensar ou lembrar de sua existência, mas minha felicidade durou pouco. Decidi ir ao toalete, e entrei pela praça de alimentação. Dei de cara com ele, lá no canto, próximo a uma parede. Com as mesmas roupas de sempre, sua camisa branca, sua blusa marrom, calça jeans clara e seu tênis marrom e branco. Confesso que senti um arrepio imenso ao vê-lo, ao ver um alguém que havia me dado algum tempo de alegria e encanto.

Segui meu caminho, sem que ele percebesse que o vi. Entrei no toalete, me olhei no espelho, retomei o fôlego e saí. Ao sair, eu virei e olhei para ele, e ele para mim. O olhar durou uma fração de segundo, eu não quis nem saber, nem cumprimentar, nem absolutamente nada. E assim, segui meu rumo até a mesa do outro lado, a fim de esperar uma amiga.

Todo aquele sentimento belo havia sido quebrado, e honestamente, me sentia melhor assim, não queria que ele se restaurasse. Apesar de sentir um arrepio na barriga a cada vez que o vejo, sinto raiva e isso simplesmente faz com que o arrepio passe e me sinto feliz.

Para mim, o garoto do tênis marrom e branco já não era mais o “garoto do tênis marrom e branco”, era somente um garoto qualquer que estudava no mesmo local que eu, porém em prédios completamente diferentes.

Se tenho esperanças de ficarmos juntos novamente? Não, não tenho. E a vontade me falta. Não gostaria de passar por tudo novamente, vivi o momento e isso me bastou uma vez. Mas de uma coisa estou certa, as doces lembranças de nossos encontros ficaram em minha mente, e isso, eu levarei comigo para todo o sempre.

Adeus garoto do tênis marrom e branco, te vejo um dia, em minhas lembranças.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A Causa

No meio da calçada esburacada, ele caiu. A cabeça ensanguentada atordoava, mas não doía. Pouco a pouco foi perdendo a consciência. O chão próximo aos seus olhos sumia, e outras imagens tomavam seu lugar.
Estava revivendo suas primeiras lembranças, imagens pouco nítidas, que mais pareciam borrões, acompanhados de alguns sons, dentre os quais destacava-se a reconfortante voz materna, que parecia aquecê-lo o tempo todo. Quando conseguiu finalmente visualizar as coisas com clareza, viu-se num parquinho ensolarado, sentado na grama em meio a uma roda de garotos tão pequenos quanto ele - algo em torno dos sete, oito anos. Jogavam bolinhas de gude. É claro que jogavam bolinhas de gude, aquela era sua brincadeira favorita na infância, e algumas das muitas longas horas que gastara fazendo aquilo imprimiram-lhe algumas memórias marcantes na cabeça.
Durante o que pareceu ser bastante tempo em meio aquela viagem ao subconsciente, ele ficou entretido com a brincadeira das bolinhas de gude, que parecia durar pra sempre. Como era divertido tudo aquilo! Como fora boa sua infância! Por que quase nunca havia parado para se lembrar dela?
Contudo, após tanto tempo de deleite, cansou-se. Porque não saía dali? E o resto de sua vida? O que mais haveria para se lembrar?
Nada, a princípio. Um dos garotos da roda fazia sua jogada e levava várias de suas bolinhas. E continuava a brincadeira, sem que ele saísse dali. Começava a desejar intensamente sair daquele lugar, sentia-se preso e sufocado. Mais duas rodadas se passaram e várias de suas bolinhas brilhantes e coloridas foram perdidas. Quando não aguentava mais esperar, gritou: "QUERO SAIR DAQUI, DIABO!".
Naquele momento, o garoro que ficava do outro lado da roda - o responsável pela maior parte de suas perdas no jogo - encarou-o de maneira estranha, e então abriu um sorriso discreto e malicioso enquanto balançava a cabeça em sinal de reprovação. E então as memórias vieram, e pode ver o resto de sua vida.
Lembrou-se primeiro do violão que ganhou assim que cansou-se das bolinhas de gude, mas as visões duraram muito pouco. Mal havia aprendido os primeiros acordes e teve que abandonar as aulas, trocando-as pelos cursos de Inglês, Alemão e pela chata professora particular de matemática. O instrumento de que tanto gostava permanceu intocado para sempre em um armário empoeiradp.
Lembrou-se da primeira namorada, a qual abandonou nos primeiros meses de relacionamento ao viajar para estudar na Europa, num colégio chato, com gente rica e chata, durante dois anos. Tudo pela carreira. Lembrou-se ainda da viajem para os Andes que planejara ansiosamente, mas que foi adiada para nunca mais graças ao trabalho, que atrasava suas férias, e ao curso de especialização no qual entrou, anos depois.
Essas e outras lembranças faziam-no recordar também de um angustiante sentimento que o acompanhara por toda a vida, dando-lhe a impressão de estar sempre esperando as coisas acontecerem, esperando a correria se normalizar, para que houvesse a felicidade plena. Não queria reviver aquilo. Não queria descobrir que, ao morrer, sua vida passaria diante de seus olhos como nos filmes, e tudo que teria de melhor para se lembrar estava ainda na sua infância.
Percerbeu que, durante toda sua vida, mesmo inconscientemente, ele desejara voltar às bolinhas de gude. Desejara com todas as forças. Desejara sem se arrepender durante anos, décadas, até aquela manhã, quando seu desejo fora materializado no céu, e uma das muitas bolinhas de gude que lá haviam caiu sobre sua cabeça. Era irônico terminar assim.

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Bom, tá aí meu post da semana. Espero que gostem! É obviamente ligado ao post do Gam, que é ligado ao da Line, e isso me deu a ideia do próximo tema, que ainda não sei se será oficializado, mas o Jow The Boss gostou. Anyway, eu tentei fazer um poema com a ideia desse texto, mas percebi que seria muito difícil, daí desencanei, e quando fui escrever o texto já tava meio desencanado do entusiasmo inicial, e acho que parte do texto ficou boba e corrida. Ainda quero postar poesias e textos de opinião aqui, mas tudo vai do tema da semana! Obrigado a todos que leram meu post anterior e elogiaram aquela porcaria! ^^

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Enchente

Não havia porque desconfiar daquela nuvem carregada se aproximando. Parecia com uma simples chuva no horizonte. Seria só mais uma tempestade, nada que causasse qualquer estrago.
Ninguém percebeu a tempo que se tratava de uma grande e negra nuvem de bolas de gude. Agora já é tarde demais.

A nuvem chega. De início a luz passando pelas infinitas bolas de gude flutuantes é linda, mas logo são tantas que o Sol é tampado. No escuro, todos assistem o início do pesadelo.
Pequenos projéteis de vidro brilhante descem dos céus trepidando fortemente contra o asfalto. Carros são atingidos como que metralhados por balas de chumbo. O capô amassado compromete os motores, fazendo-os parar de funcionar. Caos. As pessoas que não encontraram abrigo a tempo cedem aos fortes golpes na nuca e caem ensanguentadas no meio da rua. Morte.

Pessoas gritam, crianças choram, senhoras rezam, mas a chuva não para.
Ao invés disso, torna-se mais forte. A tempestade é tão avassaladora que causa pequenas crateras nas calçadas. Os tetos dos carros já não suportam a pressão e rompem, deixando indefesas as pessoas que neles se abrigavam. Pequenos cacos se espalham por todo o canto. O barulho dos inúmeros choques das bolinhas de vidro é ensurdecedor. Uma casa cede e desmorona, esmagando seus habitantes.

Enquanto isso, no centro da cidade, os bueiros não servem para deixar passar as bolinhas. Começa uma tenebrosa enchente. Rios de bolas de gude descem pelas ruas atropelando homens, mulheres e crianças sem piedade. Vans inteiras são engolfadas pela enchurrada. Ônibus atolam, deixando seus passageiros condenados.

Após uma hora de um sádico fenômeno que mais pareceu um castigo divino, a tempestade vai embora. A nuvem carregada de sede de destruição vai para outra cidade, tornar do avesso a vida de outras pessoas.
Pela primeira mas não última vez, os sobreviventes presenciaram um inferno de brinquedos. Juntos.
















De todas as coisas que a vida tem a oferecer, Livre já não gosta de bolas de gude.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Chuva

As pessoas pararam. Por um breve momento durante o dia as pessoas apenas observaram o céu. Observaram as estranhas e curiosas bolinhas reluzentes saiando dentre as nuvens e abraçando o chão.
Ninguém reparou quando aquele estranho fenômeno começou. Ninguém queria saber. O que todos queriam, mais que qualquer coisa naquele momento, era tocar as pequenas bolinhas coloridas que refletiam a luz do Sol de forma tão espetacular em sua trajetória.
Uma delas chegou aos pés de um garoto. Ele abriu um largo sorriso maroto para a namorada ao seu lado e se agachou para pegar a bolinha. Se ergueu ainda sorrindo e a entregou para a menina.
Aquele foi o início; o primeiro movimento frente às bolinhas e o que despertou as outras pessoas. Todos se puseram a agarrar bolinhas, fossem as do chão, fossem as do ar. Crianças recolhiam dezenas e se uniam para brincar.
As bolinhas de gude não paravam de cair sobre as cabeças das pessoas e elas se divertiam com isso, mesmo que as machucassem de vez em quando. Aquela dor era insignificante perto do deslumbramento das pessoas. Elas ignoravam que aquilo poderia lhes fazer mal, pois estavam felizes. E elas se prenderam a essa sensação durante todo o acontecimento.

Por fim as nuvens se foram, carregando as bolinhas em viagem a outros lugares que precisavam dessa distração. E pela primeira, única e última vez aquelas pessoas assistiram ao pôr-do-sol. Juntas.

Os cabelos ao vento

Bem, primeiramente um oi para os leitores. Gostaria de fazer uma abertura como normalmente gosto, ok que não sou o primeiro a postar mas isso não importa muito, a Liih teve a ideia do tema e eu apenas consegui a imagem e pronto ai estava. Para falar a verdade nunca pensei em escrever sobre isso, mas o ler tais palavras numa conversa no MSN tive milhões e milhões de ideias e tive que escolher apenas uma dentre tantas. Efim é isso, que as bolinhas de gude retomem suas infâncias e que meus companheiros de blog agradem vocês, e que o meu texto não deixe a desejar. Que comece o conto.


Os cabelos ao vento


Era uma manha calma, o sol se levantava e logo estava indicando o horário, 7 horas, aula, era um dos dias da primeira semana, e como um jovem homem estava ansioso para o intervalo, estava com meu saco de bolinhas de gude na mochila, e como sempre iríamos brincar no parquinho, como todos os dias. Todavia hoje era algo mais especial, era sexta e o fim de semana estava ai, ficar em casa e sair na rua as vezes, brincar de pega-a-pega com meus amigos. Enfim o sinal, finalmente, esperei feito louco, queria mostrar as bolinhas novas que tinha conseguido, e lá estávamos todos nós garotos discutindo sobre as mais belas bolinhas de cada um, sempre alguma troca era feita, mas hoje, hoje não, me sentia com sorte, então depois das trocas fizemos o clássico círculo na areia e colocamos aquelas bolinhas que considerávamos ruins.
O jogo ia e vinha, bolinhas eram ganhas e outras perdidas, eu até que estava bem naquele jogo, tinha conseguido algumas bolinhas e isso me deixava muito feliz, era minha vez novamente, peguei uma de minhas novas, achei que me daria sorte, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa escutei a voz dela, virei minha cara e lá estava ela indo para o lugar de sempre, o balanço. Eu a acompanhei com os olhos, e como sempre ela estava bonita, aquele uniforme realmente ficava bem nela, e de repente me encontrei perdido nos pensamentos, como era doce aquela risada dela e como seus cabelos lisos e negros ficavam belos ao vento enquanto balançava. Quem dera fosse eu a empurrando.
"Cara! vai!" foram essas palavras que me acordaram e sem pensar muito joguei minha bolinha, obviamente errei, minha cabeça estava em outro lugar, a bolinha ficou perto da linhas, bastou um de meus companheiros bater nela e lá se foi, perdida. Bem, tentei recupera-la, mas nada, apenas tive que aceitar esse fato. E com isso o sinal novamente bateu, voltamos a aula. Minha mente estava em apenas duas coisas, a garota que h;a muito tempo pensava e agora minha bolinha.
O final de semana chegou, minha mente parecia mais tranquila, mas não muito, ela morava longe de mim, era uma tortura passar aqueles dois dias seguidos sem vê-la, aquilo me deixava um tanto angustiado para que o final de semana finalmente passasse.
Enfim segunda chegou, estava ansioso pelo intervalo como sempre, vê-la novamente depois de dois dias.
Logo as férias chegaram, e eu ia me mudar de cidade, iria deixar aquele lugar para sempre, deixar o amor da minha vida para trás, o único problema era, eu nunca tinha falado com ela, e eu devia, devia dizer a ela antes de ir embora e nunca mais vê-la. Último dia de aula e iria tentar falar com ela, iria dar um passo que para mim era importante, estava com meus amigos jogando minha última partida de bolinhas de gude lá, e ela apareceu, levantei do círculo mas finalmente percebi, eu tinha uma reputação no grupo, seria chamado de garotinha se fosse até lá, um medo tomou conta do meu corpo que senti novamente, deixando o assunto da minha amada garota do balanço de lado. O assunto que podia mudar minha vida foi deixado de lado.
E logo eu acordava ao lado de minha mulher, numa quinta-feira, indo para o trabalho, fico impressionado como os anos passaram rápido, casei, tenho dois filhos e trabalho num emprego que sempre quis. Tudo ia bem, e essa noite seria boa, happy hour num barzinho com colegas do trabalho, um pouco de diversão. Como sempre, em vários momentos me sentia ansioso para o momento da noite que finalmente chegou.
Bar, cerveja, falar mal do chefe, o usual, sempre um bom tempo para descontrair. Mas algo que eu nunca esperava aconteceu, uma risada que já tinha ouvido em algum lugar, uma risada doce, procurei de onde vinha aquele som e me levou a uma garota de longos cabelos negros, cabelos que simplesmente me lembraram minha infância, sim, ela, a garota do balanço, tantos anos se passaram e lá estava ela, linda como sempre, usando um vestido preto.
Levantei da mesa, pensei em falar com ela, mas as perguntas na minha mesa começaram a surgir, e eu novamente com medo apenas disse que ia ao banheiro, passei perto dela durante o caminho, sentindo o perfume dela, algo que me instigou, eu era casado, o que estava pensando, finalmente segui o caminho até o banheiro onde lavei o rosto. Voltei pelo mesmo caminho e ela não estava mais lá, baixei a cabeça voltei a mesa.

Depois disso, nunca mais a vi, nunca mais

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Apresentação e Paixão

Bom, demorei mas postei!


Antes de postar meu texto, gostaria de fazer uma breve descrição sobre mim:

Antes de mais nada, meu nome é Raquel e pelo que li na descrição feita pelo Gam, eu sou a Ranger amarela… hahaha

Apesar de achar que não combino muito com a cor, ela de fato é maravilhosa, e me lembra o sol (eu adoro o sol!) e a felicidade. Enfim, isso foi só um parêntesis

Adoro escrever contos, textos e poesias. Faço isso desde que era pequena e peguei gosto pela leitura e escrita. Geralmente, meus textos falam de coisas do cotidiano, sonhos ou coisas que minha imaginação cria mesmo.

O conto que colocarei a seguir é verídico, e ele ainda tem uma continuação que está em meu blog oficial e lá tem alguns outros textos.


Aproveitem a leitura!

Raquel M.



      O Garoto do Tênis Marrom e Branco




     Primeiro dia de aula, e fazia frio lá fora, tinha uma leve garoa caindo. Então, decidi esperar minha amiga na praça de alimentação da faculdade. Era a primeira vez que ia vê-la. Entrei e sentei-me na mesa da frente, e fiquei observando a movimentação até ela chegar.

     Professores passavam por mim, via alguns rostos conhecidos, sentia a brisa gelada cortando meu rosto, e apesar de estar bem agasalhada não me sentia tão quente. Pensava em como seria o semestre, nas coisas que estava prestes a descobrir.

     De repente, meus pensamentos entraram em colapso. Meus olhos ficaram vidrados em uma imagem que parecia vir em minha direção. A imagem possuía uma pele de cor caucasiana, rosto com semblante tímido, com olhos que provavelmente ficavam cor de mel quando expostos à luz do sol, um cabelo louro escuro com um penteado um pouco diferente. Vestia uma blusa listrada de marrom e bege, uma calça jeans azul clara, mochila preta com uma espécie de instrumento de estudo que ficava para fora, e por fim, um tênis marrom e branco.

     Fiquei perplexa, encantada, foi como um... Como um amor platônico! Pelo fato do campus ser imenso, pensei que não fosse vê-lo tão cedo, e só de pensar, já senti um aperto dentro do meu peito. Não compreendi o porquê, já que ele era simplesmente um desconhecido, e que a probabilidade de nos conhecermos era mínima. Permaneci viajando em meus pensamentos, tentando imaginar seu curso, pensava que era Arquitetura, pelo fato de ter visto aquele objeto estranho pra fora de sua mochila, talvez eu estivesse certa, talvez enganada, não sei. O que sei, é que havia me esquecido completamente de coisas que não poderia me esquecer. Continuei completamente paralisada até perder sua pessoa de vista, seguiu na direção em frente, e obviamente, não me notou sentada ali. Seguiu seu rumo, sem que eu ao menos tivesse tempo de dar um jeito de puxar assunto.

     Senti a tristeza tomar conta de mim novamente, mas logo ela foi coberta por meu sorriso ao ver minha amiga com um imenso sorriso e caminhando em minha direção. Uma amizade ali então acabara de começar, e a tristeza, pouco a pouco esquecida.

     Conversamos um pouco, logo, o sinal bateu e nos dirigimos ao nosso prédio. Ao entrar na sala, já havia me esquecido um pouco do ocorrido e lembrei-me das coisas que não poderia ter me esquecido. Concentrei-me nas aulas e segui meu dia com um último desejo: Encontrá-lo novamente. [Continua]

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Apresentação + Ilusão final

Oiii ! Prazer, sou a Liih Fraenkel e antes de escrever algo, queria me apresentar. (:
Não sei bem que estilo de texto eu sigo, mas costumo escrever sobre sentimentos, sensações, apenas coisas que me vêem à cabeça ou mini contos, prólogos, pequenas partes de histórias que não me aventuro a aumentar. Gosto de obscuridade, terror, psicologia, romance... São meus temas preferidos. Espero que se deliciem com meus textos, tento escrevê-los de forma suave a fim de propiciar uma leitura gostosa. (:
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Ele ouviu um bater de asas em meio ao farfalhar inconstante de folhas e galhos e virou a cabeça rapidamente em direção ao som. Ignorou o instinto que lhe ardia o peito acelerando seu coração e apertou os olhos contra a escuridão. Nada viu. Ele poderia continuar a caminhar, mas não se moveu. O medo tomou conta de seu corpo e paralisou sua mente. Ele sabia que não podia ficar ali esperando pela Morte. Mas Ela esperava por ele, exatamente ali.
Ele tentou se acalmar. Sua racionalidade aguda iludia-o com imagens e sensações de vazio, de silêncio, de conforto. Ora, a Morte não precisa ser delicada e amigável. Ela não quer ser gentil e dócil. Ela vem para fazer seu trabalho e vai embora, carregando as almas nos ombros, levando-as para algum lugar. Não necessariamente melhor. Apenas ao lugar necessário.
A ignorância e egoísmo abateram seu próprio ser. Antes Dela chegar ele já estava aos pedaços. Morto. Ainda assim estava tão falsamente agarrado à vida que não é a toa que sua morte fora barulhenta, suja e demorada.
Nada de conforto para ele.




Mais uma trilha

Ele nasceu neutro, aparentemente, como todos nascem. "Uma tabula rasa". Cresceu sob teto cristão e foi educado pela mãe carola. Aprendeu tudo sobre a moral e os bons costumes, e já que morava em bairro perigoso, não ficava na rua e não sabia malandragem. Era uma criança boa, todos diziam.
Na adolescência percebeu que era bonzinho demais, do tipo de cara que reprime os pequenos momentos de pecado, que não faz o que todos os amigos fazem, que não passa a mão nas moças quando tem a chance. Esse tipo de pessoa geralmente tem sua boa vontade abusada até pelos amigos, mas ele não via aquela característica como um defeito seu. Achava que tinha mais vitudes que os demais, e devia manter as coisas assim.
Contudo, o tempo foi passando, e o tempo nada mais é do que o cair das cortinas que mantém o espetáculo. Assim, o jovem foi percebendo a "maldade" naqueles em que menos esperava. Seus professores fumavam quando estavam fora da escola. Sua mãe tinha um imenso prazer em falar mal da vida alheia. O tio traía a esposa. Ele mesmo - para sua maior surpreza - sempre tivera momentos mesquinhos ou ligeiramente perversos, mas nunca permitira-se enxergar isso.
Convencido de que atitudes ruins eram parte da natureza das pessoas, concluiu que algumas delas, só algumas, podiam fazê-lo bem, de vez em quando - Aprecie com moderação. E assim começou a colar, a beber, a tirar um sarro, a matar aula - mesmo que raramente - e até mesmo a pular a cerca uma vez, enquanto estava namorando.
Em algum canto dentro dele, um daqueles cantos perigosos o bastante para que não se possa perceber completamente o que se passa neles, começava a gostar daquilo tudo. Aos vinte e cinco anos fumava, jogava, mentia com naturalidade, vendia drogas, devia dinheiro e frequentava prostíbulos. Ao mesmo tempo, era formado em engenharia de produção, tinha uma carreira promissora pela frente, tinha amigos com quem jogava futebol aos domingos, e ajudava a mãe financeiramente. Um bom menino.

...

Anos depois, quando ele tinha em torno de quarenta e cinco anos, andava pelas ruas da grande cidade durante a noite. Estava sóbrio. Ao passar por uma ruela mal iluminada no caminho para casa, viu uma bela garota, com aparência jovem - pelo menos no escuro -, que vinha pela mesma calçada no sentido contrário ao dele, ou seja, em sua direção. Devia estar voltando para sua casa também. A rua estava deserta e havia um beco sem saída no meio do caminho entre os dois. Ela parecia tão frágil...
Ele pensou: por que não?




Ok, esse foi meu post da semana. É uma história meio macabra que pensei nessa semana ou na passada, não faz muito sentido na minha cabeça e eu escrevi como saiu, mesmo, bem em estilo blogger amador, que é só pra esquentar. Achei que não teria como postá-la depois, sem o benefício do tema livre, e usei o título pra amarrá-la no post do Jow.
Só pra constar, a história não reflete qualquer concepção minha sobre o ser humano, sobre John Locke, sobre bem e mal. Vou postar minhas opiniões quando tiver que falar sobre temas.
Té mais. ^^

Nói que tá


CARAMBA, QUE BONITINHA A APRESENTAÇÃO DO JOJOW!
Quem vê pensa até que a parada é chique.


Bom, como explicado pelo próprio Jojow, nesse blog teremos temas semanais e cada autor vai escrever sobre eles a seu próprio modo. Já que a primeira semana é livre, vou falar um pouco sobre os autores do Cinco em Cinco. O meu intuito é que os leitores conheçam meu estilo e saibam mais ou menos o que esperar de mim nos próximos temas, além de zoar um pouco.
Se clicarem nos nicks, serão redirecionados para o perfil do blogspot de cada um.

Jow: Nosso ranger vermelho, o idealizador. Num impulso de criatividade repentino, ele teve a brilhante ideia de juntar quatro bloggers (e o Dok) num só site.
Jow (ou Chicão, como prefere ser chamado) desenvolveu um modo no mínimo interessante de escrever. Ele junta frases sem pé nem cabeça com uma ideia mais ou menos coesa de base e cria um post que, devo assumir, prende a atenção do início ao fim. Pra exemplificar, ele tem um blog onde, até hoje, todos os posts foram nesse estilo.

Liih Fraenkel: A ranger rosa, porque ela escolheu primeiro. A Line é uma escritora de respeito. Ela tem uma série de mini-historinhas sobre casais, homens e mulheres problemáticos com situações problemáticas muito bem escritas. Quando vi o blog dela, depois de algum tempo sem manter contato, fiquei pasmo.
A Line mantinha seus contos guardados mas, numa demonstração de verdadeiro peito de aço, liberou-os na internet. Ela já comentou algo a respeito de escrever um livro no futuro e eu dou o maior o apoio.

Rafael: Esse é o Dok. Ele ficou com o verde porque me deu na telha. Ele é tipo um gênio contemporâneo. O cérebro e as notas não mentem, comprovando sua capacidade intelectual. Em contrapartida, ele trabalha física e mentalmente em um ritmo menor que o normal.
Até onde eu saiba, o Dok nunca teve um blog. Não faço a menor ideia de como ele irá postar, mas boto fé.

Raquel M.: Eu não sei quem é essa, e ela tá com o amarelo porque é a única ranger feminina que sobrou. Mas, apenas observando a foto do perfil, os colegas que dividem o mesmo sexo que eu hão de concordar que é uma moça de muito boa saúde.
Dando uma rápida olhada no blog dela, noto que essa moça escreve narrativas maiores. Devo admitir que só li um post, mas gostei muito.

Gam: Eu. Eu gosto de postar desse jeito, conversando. Assim como o Jow, também tenho um instinto criativo que me ataca de tempos em tempos, então não é incomum eu cuspir um conto ou outro as vezes. Na maioria das vezes são só por entretenimento, mas hora ou outra pode sair algo um pouco inteligente. Não esperem demais.



E, falando em espasmos de criatividade, tive uma ideia que pode ser interessante. Estou criando um personagem. Em homenagem ao nosso primeiro tema, o nome dele será "Livre".
Toda semana, além da minha conversa habitual, farei um parágrafo sobre o Livre que tenha a ver com o tema. Com o decorrer do tempo, teremos uma linda historinha de nexo duvidoso. :D








Livre está nascendo hoje. À sua volta, ele enxerga um milhão de possibilidades.


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A nova trilha

A vida segundo muitos é pensada como um caminho a se trilhar, um caminho que não se volta trás, apenas vai para frente, mas que ora muda de ruma devido a decisões tomadas, o que faz tais encruzilhadas vitais se cruzarem com outras, em forma de pensar ou até mesmo de agir, causando encontros e desencontros. E pensando nisso a ideia veio a mente, cinco em cinco, reunir formas de pensar, reunir formas de se expressar, reunir a leitura, a escrita e escritores, sejam eles novatos ou não.
O mundo nunca foi pensado de maneira única, faculdades mentais sempre se uniram para ideais, sempre, portanto a aplicação de minha ideia não poderia ser diferente. Tudo isso me levou a convidar mais quatro amigos a escrever comigo, e felizmente todos os quatro aceitaram o convite, três homens e duas mulheres, como brincadeiras durante o projeto, os Power Ranges.
Enfim cá estamos, cinco autores com um mesmo tema por semana.
Que o blog seja finalmente iniciado ao tema livre a bel vontade de cada autor para que mostrem o que gostam de escrever. e está é o meu, a abertura, conforme combinado. Que as palavras não faltam nas mãos de meus amigos e que tudo de certo.

Muitos saíram do nada e hoje tem tudo, mas a cautela deve ir para os que tem tudo, pois podem acabar sem nada.

Jow