Tema da Semana

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Os cabelos ao vento

Bem, primeiramente um oi para os leitores. Gostaria de fazer uma abertura como normalmente gosto, ok que não sou o primeiro a postar mas isso não importa muito, a Liih teve a ideia do tema e eu apenas consegui a imagem e pronto ai estava. Para falar a verdade nunca pensei em escrever sobre isso, mas o ler tais palavras numa conversa no MSN tive milhões e milhões de ideias e tive que escolher apenas uma dentre tantas. Efim é isso, que as bolinhas de gude retomem suas infâncias e que meus companheiros de blog agradem vocês, e que o meu texto não deixe a desejar. Que comece o conto.


Os cabelos ao vento


Era uma manha calma, o sol se levantava e logo estava indicando o horário, 7 horas, aula, era um dos dias da primeira semana, e como um jovem homem estava ansioso para o intervalo, estava com meu saco de bolinhas de gude na mochila, e como sempre iríamos brincar no parquinho, como todos os dias. Todavia hoje era algo mais especial, era sexta e o fim de semana estava ai, ficar em casa e sair na rua as vezes, brincar de pega-a-pega com meus amigos. Enfim o sinal, finalmente, esperei feito louco, queria mostrar as bolinhas novas que tinha conseguido, e lá estávamos todos nós garotos discutindo sobre as mais belas bolinhas de cada um, sempre alguma troca era feita, mas hoje, hoje não, me sentia com sorte, então depois das trocas fizemos o clássico círculo na areia e colocamos aquelas bolinhas que considerávamos ruins.
O jogo ia e vinha, bolinhas eram ganhas e outras perdidas, eu até que estava bem naquele jogo, tinha conseguido algumas bolinhas e isso me deixava muito feliz, era minha vez novamente, peguei uma de minhas novas, achei que me daria sorte, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa escutei a voz dela, virei minha cara e lá estava ela indo para o lugar de sempre, o balanço. Eu a acompanhei com os olhos, e como sempre ela estava bonita, aquele uniforme realmente ficava bem nela, e de repente me encontrei perdido nos pensamentos, como era doce aquela risada dela e como seus cabelos lisos e negros ficavam belos ao vento enquanto balançava. Quem dera fosse eu a empurrando.
"Cara! vai!" foram essas palavras que me acordaram e sem pensar muito joguei minha bolinha, obviamente errei, minha cabeça estava em outro lugar, a bolinha ficou perto da linhas, bastou um de meus companheiros bater nela e lá se foi, perdida. Bem, tentei recupera-la, mas nada, apenas tive que aceitar esse fato. E com isso o sinal novamente bateu, voltamos a aula. Minha mente estava em apenas duas coisas, a garota que h;a muito tempo pensava e agora minha bolinha.
O final de semana chegou, minha mente parecia mais tranquila, mas não muito, ela morava longe de mim, era uma tortura passar aqueles dois dias seguidos sem vê-la, aquilo me deixava um tanto angustiado para que o final de semana finalmente passasse.
Enfim segunda chegou, estava ansioso pelo intervalo como sempre, vê-la novamente depois de dois dias.
Logo as férias chegaram, e eu ia me mudar de cidade, iria deixar aquele lugar para sempre, deixar o amor da minha vida para trás, o único problema era, eu nunca tinha falado com ela, e eu devia, devia dizer a ela antes de ir embora e nunca mais vê-la. Último dia de aula e iria tentar falar com ela, iria dar um passo que para mim era importante, estava com meus amigos jogando minha última partida de bolinhas de gude lá, e ela apareceu, levantei do círculo mas finalmente percebi, eu tinha uma reputação no grupo, seria chamado de garotinha se fosse até lá, um medo tomou conta do meu corpo que senti novamente, deixando o assunto da minha amada garota do balanço de lado. O assunto que podia mudar minha vida foi deixado de lado.
E logo eu acordava ao lado de minha mulher, numa quinta-feira, indo para o trabalho, fico impressionado como os anos passaram rápido, casei, tenho dois filhos e trabalho num emprego que sempre quis. Tudo ia bem, e essa noite seria boa, happy hour num barzinho com colegas do trabalho, um pouco de diversão. Como sempre, em vários momentos me sentia ansioso para o momento da noite que finalmente chegou.
Bar, cerveja, falar mal do chefe, o usual, sempre um bom tempo para descontrair. Mas algo que eu nunca esperava aconteceu, uma risada que já tinha ouvido em algum lugar, uma risada doce, procurei de onde vinha aquele som e me levou a uma garota de longos cabelos negros, cabelos que simplesmente me lembraram minha infância, sim, ela, a garota do balanço, tantos anos se passaram e lá estava ela, linda como sempre, usando um vestido preto.
Levantei da mesa, pensei em falar com ela, mas as perguntas na minha mesa começaram a surgir, e eu novamente com medo apenas disse que ia ao banheiro, passei perto dela durante o caminho, sentindo o perfume dela, algo que me instigou, eu era casado, o que estava pensando, finalmente segui o caminho até o banheiro onde lavei o rosto. Voltei pelo mesmo caminho e ela não estava mais lá, baixei a cabeça voltei a mesa.

Depois disso, nunca mais a vi, nunca mais

2 comentários:

Rafael disse...

aah jow, muito bem sacado da sua parte falar da primeira paixãozinha vindo depois das bolinhas de gude!

Gam disse...

CACHORRÃO

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